O mês de maio é marcado pelo Dia das Mães, que neste ano acontece no dia 14. A importância desse dia é equivalente à relevância do papel da mãe – ou de quem o cumpre – para a sociedade. É a partir do papel de educar que o ser humano tem a oportunidade de tornar o mundo um lugar mais tolerante. Muito mais do que uma missão, educar é um ato de amor, como muitos dizem, o mais puro e genuíno do mundo. No Dia das Mães celebra-se aquelas (es) que dedicam a própria vida ao filho. Abdicam de suas vontades e necessidades com o objetivo de proporcionar melhores condições à criança. Assim como o filho não é só o de sangue, mãe não é somente quem gera, mas também quem educa e se faz presente na vida da criança até sua fase adulta. 

 Atualmente, muitas mulheres vivenciam a maternidade em pleno exercício profissional. No campo da comunicação, numa sociedade marcada pelo imediatismo, as pessoas demandam por informação de forma acelerada e contínua. Por isso, os produtores de conteúdo noticioso dedicam muito esforço e tempo, além de sua carga horária, a fim de atualizar o público com agilidade. Diante desse contexto, a AEC conversou com duas mães jornalistas, no intuito de conhecer suas rotinas conciliando a profissão e a maternidade. 

Caroline Dall’Agnol tem 35 anos, é repórter da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul e trabalha das 8h às 12h e das 13h às 17h e é mãe do pequeno Belchior, de 2 anos e 6 meses. Vania Marta Espeiorin é jornalista do quadro de servidores efetivos da Câmara Municipal de Caxias do Sul e docente na Escola Família Agrícola da Serra Gaúcha (EFASERRA). Vania tem 44 anos e é mãe da pequena Martina, de 2 anos e 10 meses, trabalha 6 horas por dia. 

Para ambas, a gravidez foi planejada, após muito preparo e estabilidade profissional. Elas destacam a importância de uma rede de apoio – em casa e no trabalho – tanto no dia a dia quanto em atividades após o horário, como em finais de semana. Com o apoio de familiares e entendendo o papel de cada um na maternidade, as jornalistas se julgam privilegiadas por obter a total presença e auxílio do pai das crianças, assim como do restante da família. Além disso, contam com a compreensão de seus respectivos locais de trabalho, apesar de passarem grande parte da gestação no trabalho remoto devido à pandemia.

A grande dificuldade citada por Carol, foi o sentimento de culpa. Muitas vezes ela não pode estar presente em momentos únicos da vida de seu filho, como no dia em que Belchior deu seus primeiros passos. Apesar do sentimento, Carol fala que após muito refletir, pode perceber que o mesmo já havia acontecido com seu marido, em outros momentos, onde ele não pode estar presente, por motivos de trabalho. A jornalista sentiu-se, mais uma vez, privilegiada ao notar que muitas mães, por motivos maiores, infelizmente não têm a oportunidade de buscar o filho na escola ou voltar para casa na hora do almoço, como é o caso dela. 

Caroline Dall’Agnoll, Leandro Scariot e Belchior, filho do casal

Já Vania, compartilha que conseguiu estar presente no dia em que Martina proferiu sua primeira palavra. Para a mãe, no entanto, a dificuldade foi ter que abdicar de seus momentos de lazer em prol da profissão, como suas leituras e acompanhar o rádio diariamente. Mas, Vania também citou se sentir privilegiada por ter uma carga horária menor e ter tempo para aproveitar com a filha.

Vania Marta Espeiorin, Denilton Martins e Martina, filha do casal

O jornalismo e a maternidade são conciliáveis, assim como nas demais profissões. Porém, o preparo é fundamental para que o amor pela profissão e pela família caminhem juntos a fim de que os dois sejam sempre prazerosos e genuínos. Ser mãe, é muito mais do que um ato de amor, mas sim de doação à família, à criança e a si mesma. Assim como no jornalismo, a profissão muitas vezes é a voz da população e seu papel social é fundamental para o bom andamento e evolução da sociedade.

A AEC parabeniza, neste Dia das Mães, todas aquelas (es) que cumprem este papel! Que a força e a coragem de uma mãe sejam sempre inspiração! Agradecemos também a participação de Carol e Vania, que contribuíram e inspiraram a partir de suas entrevistas. 

Ouça os áudios na íntegra:

Caroline Dall’Agnol

Vania Marta Espeiorin

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