Maurício Fischer Costa, diretor da Macaw Marketing Vivo e professor do curso de Publicidade e Propaganda na UCS fala sobre as perspectivas de futuro para o mercado da publicidade e propaganda e marketing.
Em meio a um considerável caos na saúde, reverberando para esferas políticas e econômicas, mas com incríveis “boas perspectivas de futuro” o mercado da publicidade e propaganda e marketing se enche de perguntas. Para onde vamos agora?
O que percebo, ao longo dos últimos anos à frente da Macaw Marketing Vivo, e que está ainda mais evidente agora é a necessidade das empresas de publicidade passarem por uma nova renovação. Digo “nova” pois há poucos anos já passamos por toda uma revolução digital que fez com que mudássemos processos, serviços e a forma de pensar uma agência, Passando a entregar performance, dados e resultado, além da clássica e intocável criatividade.
Pois bem, passado este período, vejo que o futuro das agências de publicidade está atrelado ao conhecimento e à orientação. Vejo que as empresas buscam cada vez mais um braço estratégico na agência, um guia, um parceiro de negócios que vai ajudar a empresa a crescer de fato.
Claro que ainda espera-se boas doses de criatividade, inovação, conceito, pensamento fora da caixa e tudo mais. Mas o que de fato faz “mover o ponteiro” das grandes empresas é quando tudo isso traz resultados mensuráveis e otimizados e quando a agência ajuda a conduzir este movimento todo.
Pensar a verba do cliente como sendo a sua e entender que ele te contrata pelo que tu “sabe” e não só pelo que tu “faz” começa a trazer uma nova forma de ver a agência e a prestação de serviço.
Estamos nos tornando um misto de design, com consultoria, com visão de negócio, com arte e assessoria. E por falar em visão, esta também é uma característica muito necessária aos profissionais da área: visão do todo e de negócio. Não só falar termos bonitos em inglês, mas entender do negócio do cliente e saber como podemos ajudá-lo a atingir os seus objetivos através da comunicação.
A agência deixa de ser reativa e passa a ser o próprio vetor da mudança, que planeja, orienta, conduz, cria e mensura tudo o que faz.
Acredito que seja este um dos caminhos possíveis para o nosso mercado. Até agora a única certeza é que seguimos mudando, o tempo todo.
Imagem de capa: Freepik
Autor: Maurício Fischer Costa
