No dia 6 de agosto é comemorado o Dia Nacional do Profissional da Educação. A data tem como objetivo homenagear os trabalhadores que lidam com a educação no espaço escolar. Portanto, na data são lembrados professores, diretores, secretários, orientadores pedagógicos, recepcionistas, profissionais da limpeza, setor da comunicação, entre outros.

Especificamente em relação ao ensino, existem diferenças entre pedagogo e professor. Todo pedagogo é um professor, mas nem todo professor é um pedagogo. São atividades semelhantes, mas não iguais. Quem faz Pedagogia, além de dar aula também pode atuar em outros meios que envolvem o conhecimento sobre aprendizagem.

No dia 15 de outubro é comemorado o Dia do Professor, mas ele não atua sozinho. Para que tudo ocorra bem, é preciso a dedicação de muitos outros profissionais. Por isso a importância do dia 06 de agosto, para valorizar a atuação de todos que fazem parte do processo educacional no país.

Professor é quem ensina e merece ser valorizado, afinal ele se dedica para que os estudantes tenham o melhor proveito possível das aulas. Ser professor vai muito além da sala de aula: planejar maneiras interessantes e inovadoras de ensinar, tirar dúvidas dos estudantes e muito mais. 

O Comunicaverso conversou com Liliane Viero Costa, com graduação em Licenciatura em Educação Artística pela UCS. Liliane está há 17 anos atuando no CETEC e salienta que busca desenvolver seu trabalho de maneira ética com princípios de entendimento da arte e de tudo que requer a profissão do artista. Ao ser questionada se professor é “Profissão ou vocação?”, Liliane pondera: “Acredito que sejam as duas coisas. A questão da vocação é algo que acaba se desenvolvendo desde que tenha um projeto e objetivo sobre algo. Eu fui objetivando algo mais específico que seria trabalhar com jovens, que se entendam cidadãos e promotores e consumidores de arte e cultura.”

Tudo que é visto profissionalmente dialoga com o desejo de se consolidar em nível de sociedade, com a vocação de participar na construção do conhecimento, no caso de Liliane, através da arte. Todo professor no desenvolvimento da profissão se identifica com algo, próprio da sala de aula, mesmo que não tenha sido manifestada ainda essa vocação.

“Considero uma linha tênue, é preciso estar atento aos dois caminhos. Vocacionalmente pode seguir o desejo de ensinar, mas a profissão envolve uma estrutura “legal”: de leis, critérios, normas… têm desenvolvimento técnico enquanto profissão. A vocação está no paralelo pois dificilmente vai encontrar algum professor que escolheu única e exclusivamente profissionalmente. Sempre tem uma “pitada” vocacional nisso, pelo prazer de estar compartilhando conhecimentos.”

Questionamos também Liliane sobre a questão da valorização do professor nos dias atuais, e ela destaca quais os principais desafios de lecionar nos tempos atuais. 

“É complicado falar em valorização pois há um decréscimo de entendimento sobre estar em frente a uma sala de aula. Esse dinamismo e percepção de como o mundo está se constituindo são desafios que os professores têm diariamente. Para esses desafios é preciso estruturas, atualizações, debates, dinâmica muito grande e também mais tempo para dar conta de tudo isso.”

A professora reforça que luta pelo reconhecimento profissional. Tanto da arte – como algo digno de ser vendido – como reconhecimento de quem está ensinando: “É necessário ter entendimento de que sala de aula é diferente da família, é manuseio do conhecimento. Todas as mudanças estão ressignificando o que é ser professor, mas pensar nessa valorização seria o entendimento da própria sociedade.”

Por fim, Liliane destaca: “Precisamos ser mais valorizados e reconhecidos, inclusive financeiramente. Afinal, temos o propósito de formar cidadãos: é uma profissão nobre e histórica.”

Autora: Luana Fongaro

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