O mês de maio, especialmente o dia 17, é um dos mais importantes para a comunidade LGBTQIAP+ (Lésbicas, Gays, Bixessuais, Transexuais, Queers, Intersexuais, Assexuais, Pansexuais e outros). Nesta data, em 1990, a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou a homossexualidade do Código Internacional de Doenças (CID). O dia é vivenciado como uma data simbólica em que as pessoas de todo o mundo se mobilizam para falar de preconceito e discriminação sobre a perspectiva da equidade, da diversidade e da tolerância.

Antes mesmo da instauração do Dia Internacional contra a Homofobia, muitas datas foram marcantes para a caminhada dos direitos dos LGBTQIA+ desde o ano de 1990, quando a homossexualidade deixou de ser tratada como doença mental por parte da OMS. Alguns desses marcos foram: em 1995, aconteceu a primeira marcha em protesto dos direitos LGBTQIAP+, ao redor da orla de Copacabana. Foi o início do que hoje conhecemos como a parada LGBTQIAP+, que reúne milhares de pessoas na Avenida Paulista. Em 2009, tornou-se legal a mudança de registro e sexo em certidões de nascimentos e documentos sociais. Em 2010, foi aprovada a lei de adoção de crianças por casais de pessoas do mesmo sexo em todo o Brasil. Em 2013, tornou-se lei que os cartórios registrem casamentos entre pessoas do mesmo sexo em todo território brasileiro. Em 2019, na conquista mais recente, o Supremo Tribunal Federal declarou a homofobia como crime de racismo.

Mas, apesar de tais avanços, o caminho pela conquista de equidade ainda é longo. O Brasil lidera o ranking de violência e mortes de pessoas LGBTQIAP+s, com 44% do total mundial. Segundo o relatório do Grupo Gay da Bahia, somente em 2019, cerca de 329 LGBTQIAP+ tiveram mortes violentas no país, vítimas da homotransfobia, sendo 297 homicídios e 32 suicídios. Já a ANTRA (Associação Nacional de Travestis e Transexuais) mostra que, no mesmo ano, foram confirmadas 124 pessoas trans assassinadas, com apenas 11 suspeitos identificados.

Dados tão duros como esses nos mostram a importância de resistir e continuar lutando pela garantia dos direitos LGBTQIA+, seja no dia 17 de maio, ou em todos os outros dias do ano.
Para isso, a AEC separou alguns conceitos importantes da comunidade LGBTQIAP+, a fim de diminuir o preconceito causado pela falta de informação:
Identidade de gênero: É a forma que a pessoa se entende como um indivíduo social, ou seja, a percepção de si.

Expressão de gênero: É como a pessoa manifesta sua identidade em público, a forma como se veste, sua aparência (corte de cabelo, por exemplo) e comportamento, independentemente do sexo biológico.
Sexualidade: Está relacionada à genética binária em que a pessoa nasceu: masculino, feminino e intersexual.

Orientação sexual: Tem a ver com a prática de se relacionar afetiva e/ou sexualmente com outros gêneros. Em um ciclo natural, essa descoberta acontece entre a infância e o início da adolescência, mas, por preconceito e discriminação, ela pode ser bloqueada e até mesmo negada, estendendo-se para a fase adulta.

Na busca por um mundo mais tolerante e igual para as futuras gerações, o respeito deve sempre prevalecer. Homofobia é crime e toda a forma de amor é justa!

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